MMA seleciona 12 projetos prioritários para criação de unidades de conservação na Caatinga, visando aumento de mais de um milhão de hectares.

Dentre as ações em andamento, destacam-se as ampliações do Parque Nacional da Serra das Confusões, no Piauí; da Floresta Nacional de Açu, no Rio Grande do Norte; e do Refúgio da Vida Silvestre do Soldadinho-do-Arararipe, no Ceará. O anúncio foi feito pela ministra do MMA, Marina Silva, durante o lançamento da campanha Terra, Floresta, Água – Movimento Nacional de Enfrentamento à Desertificação e à Seca, realizado em Petrolina, Pernambuco.
Segundo dados do MMA, 13% do semiárido brasileiro está sofrendo com a desertificação. A Caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, abriga uma biodiversidade única e é altamente vulnerável às mudanças climáticas. O desmatamento na região avançou nos últimos anos, com um aumento de 43,3% em 2023 em relação ao ano anterior.
Além dos esforços para a criação de unidades de conservação, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome retomou o Programa Cisternas, permitindo a ampliação do acesso à água para consumo e produção de alimentos nos estados do Nordeste. O objetivo é que o programa também seja uma ferramenta de resiliência e adaptação às mudanças climáticas.
Durante a Missão Climática pela Caatinga, foram anunciados projetos como o Conecta Caatinga, que tem como objetivo promover a gestão integrada da paisagem no bioma, e o Projeto Arca, voltado para a expansão e consolidação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.
Também houve o lançamento da Rede de Pesquisadores e Pesquisadoras Sobre a Desertificação e Seca, que visa apoiar a implementação de políticas públicas e apoio à tomada de decisão dos gestores. Cientistas interessados poderão se inscrever no site do MMA até o dia 10 de julho. Além disso, foi divulgado o livro “Manejo Florestal da Caatinga – 40 anos de experimentação”.