Nuvem de Fumaça Encobre Belo Horizonte pelo Terceiro Dia Consecutivo
Uma nuvem de fumaça tem coberto grande parte de Belo Horizonte e região metropolitana pela terceira vez consecutiva. Segundo meteorologistas, a estiagem prolongada tem contribuído para a formação da névoa, e os incêndios na capital e arredores têm exacerbado a situação.
De acordo com Anete Fernandes, meteorologista do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a fumaça presente é uma combinação de vários fatores, incluindo poeira, poluição e fumaça de queimadas nas proximidades. A especialista explica que os índices críticos estão relacionados à estação seca, caracterizada por dias sem chuva e temperaturas elevadas.
Os termômetros têm alcançado marcações de até 35 graus Celsius, com umidade relativa do ar abaixo de 20%, resultando em uma condição de ar extremamente seco e propenso a complicações. Nesta quinta-feira, a umidade relativa do ar chegou a 17%, colocando a cidade em alerta vermelho de baixa umidade.
A massa de ar quente e seco deve manter os índices de umidade entre 15% e 18% até a próxima segunda-feira, de acordo com o Inmet. A recomendação da OMS é de 60%, mas a cidade de Belo Horizonte está bem abaixo desse valor desde a última chuva ocorrida em 14 de abril, seguida por quase 140 dias de estiagem.
Incêndios e Recomendações
No último domingo, diversas cidades da região metropolitana tiveram múltiplos focos de incêndio em vegetações, e nesta quinta-feira um incêndio de grandes proporções atingiu o bairro Jardim Vitória, na capital mineira. A combinação de vento, calor e baixa umidade contribuíram para a rápida propagação das chamas, que chegaram a ameaçar residências locais.
Diante desse cenário, as autoridades recomendam medidas preventivas, como manter-se hidratado, preferir alimentos leves, evitar atividades ao ar livre, dormir em locais umedecidos, entre outras ações. Além disso, é essencial evitar queimadas em áreas sensíveis e estar atento aos alertas de risco via WhatsApp.
Em caso de problemas respiratórios ou incêndios, a população deve acionar imediatamente o Corpo de Bombeiros, a Defesa Civil ou a Polícia Militar. Com a persistência das condições climáticas adversas, a comunidade deve seguir as recomendações para minimizar os impactos negativos causados pela seca e pelos incêndios.
