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Equipe econômica do governo propõe mudanças nos gastos mínimos de Saúde e Educação para evitar colapso fiscal.

Em meio a um cenário de descolamento dos pisos das pastas de Saúde e Educação em relação aos demais gastos do novo arcabouço fiscal, o governo federal planeja realizar mudanças significativas no formato dos gastos mínimos para essas áreas no Orçamento do próximo ano. A proposta foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta terça-feira (11), com o intuito de evitar possíveis colapsos nas contas públicas.

De acordo com Haddad, a equipe econômica do governo pretende apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva sugestões de novas fórmulas de cálculo na elaboração do Orçamento Geral da União de 2025, que precisa ser enviado ao Congresso até 30 de agosto. O ministro ressaltou que as sugestões podem ser aceitas ou rejeitadas pelo presidente, dependendo da avaliação realizada.

Apesar de uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo ter sugerido que o governo planeja limitar o crescimento real dos pisos para a saúde e a educação a 2,5% acima da inflação, Haddad garantiu que não haverá perda de recursos para essas áreas. O objetivo das mudanças é evitar que os gastos obrigatórios com Saúde e Educação ultrapassem o limite dos gastos discricionários dos ministérios nos próximos anos, conforme previsto pelo Tesouro Nacional.

Segundo projeções do Tesouro, se as regras para os limites mínimos de Saúde e Educação não forem alteradas, o governo terá R$ 504 bilhões a menos para gastos discricionários entre 2025 e 2033. Diversos cenários estão sendo discutidos pelas áreas técnicas, visando encontrar uma solução que não comprometa as contas públicas a longo prazo.

O descompasso observado nos cálculos dos pisos mínimos para a Saúde e a Educação em relação aos demais gastos do arcabouço fiscal tem gerado preocupações e demandado uma revisão urgente nas regras orçamentárias vigentes. O governo tem buscado alternativas para garantir a sustentabilidade fiscal sem prejudicar o financiamento essencial nessas áreas prioritárias para a sociedade.

No entanto, é importante ressaltar que qualquer mudança nas regras de gastos mínimos para a Saúde e Educação deve ser cuidadosamente avaliada, levando em consideração o impacto que possa ter no acesso aos serviços públicos e na qualidade da educação e saúde para a população brasileira. A transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos são fundamentais para assegurar o equilíbrio das contas públicas e o atendimento das demandas sociais.

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