
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, saiu em defesa dos gastos realizados em viagens pelos membros da corte, em meio a críticas sobre a transparência e os custos envolvidos. Em declaração feita nesta segunda-feira (10), Barroso ressaltou que não há exigência legal para a divulgação da agenda dos magistrados, deixando a decisão a critério de cada ministro.
Sobre a discussão de um código de ética para os membros do STF, Barroso considerou que não é uma prioridade, mas que pode ser tema de debate interno, caso haja uma percepção negativa da sociedade. Ele afirmou não ver irregularidades nas decisões individuais dos ministros em relação à transparência de suas atividades.
A defesa dos gastos com segurança dos magistrados veio após a polêmica envolvendo um segurança de Dias Toffoli, que recebeu altos valores em diárias internacionais durante uma viagem ao Reino Unido para assistir à final da Champions League. Barroso explicou que a hostilidade crescente contra os ministros justifica os investimentos em segurança.
O STF foi criticado recentemente por falta de transparência nos gastos, incluindo diárias e passagens. O portal de transparência do tribunal foi retirado do ar para atualização dos sistemas de dados, gerando questionamentos sobre a prestação de contas à sociedade. Além disso, foram revelados altos valores gastos com seguranças acompanhando os ministros em viagens internacionais.
Em suma, Barroso defendeu as decisões individuais dos magistrados em relação à transparência de suas atividades e justificou os gastos com segurança em meio ao aumento da hostilidade contra os membros do STF. A discussão sobre um possível código de ética interno pode ser levantada caso haja pressão da sociedade por maior transparência nos gastos públicos do tribunal.