
Em uma reviravolta surpreendente, uma fonte importante do governo francês anunciou: “Estamos buscando a vitória. Há audácia nessa decisão, tomada de risco, que sempre fez parte de nosso DNA político.”
No entanto, outra fonte próxima a Macron revelou um clima de tensão: “Eu sabia que essa opção estava na mesa, mas quando ela se torna realidade, é outra coisa… Eu não dormi a noite passada.”
Liderado por Jordan Bardella, de 28 anos, o partido Reagrupamento Nacional (RN) conquistou cerca de 32% dos votos europeus no último domingo, mais do que o dobro dos 15% da chapa de Macron, de acordo com pesquisas de boca de urna. Esse resultado foi impulsionado pela insatisfação dos eleitores com a suposta arrogância de Macron e preocupações com imigração e custo de vida. Os socialistas ficaram próximos de Macron, com 14% dos votos.
A decisão de Macron parece visar maximizar sua posição frágil, retomando a iniciativa e forçando o RN a acelerar o início da campanha eleitoral.
Alguns líderes do RN aparentam ter sido pegos de surpresa, embora uma fonte do partido tenha alertado em fevereiro para a possibilidade dessa reviravolta, analisando potenciais candidatos.
O vice-presidente do RN, Sebastien Chenu, comentou: “Não esperávamos que fosse tão rápido após as eleições europeias, apesar de desejarmos que fosse. As eleições raramente são um presente e, nesse contexto, não são.”