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Governo trava batalha para evitar projeto de lei sobre delações de presos se tornar tema central na Câmara dos Deputados



Ministro das Relações Institucionais afirma que governo vai trabalhar para evitar projeto de lei sobre delações de presos na Câmara dos Deputados

Ministro das Relações Institucionais faz declaração polêmica

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, causou alvoroço ao afirmar nesta segunda-feira (10) que o governo está empenhado em impedir que um projeto de lei que proíbe delações de presos se torne o foco principal de discussão na Câmara dos Deputados.

Em uma entrevista coletiva, Padilha explicou que o presidente Lula (PT) já manifestou sua opinião ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que temas como esse não devem ser priorizados. Além disso, o ministro citou outra proposta controversa que equipara o homicídio ao aborto após a 22ª semana de gestação.

“Acreditamos que projetos de lei que alimentem a intolerância e a beligerância não são adequados para a agenda legislativa atual”, afirmou Padilha.

Diante das dificuldades do governo em lidar com o Congresso, o ministro se absteve de declarar a posição oficial do governo em relação ao projeto das delações. No entanto, ele ressaltou a importância de evitar a polarização e os conflitos que surgem com temas sensíveis como esse.

A reunião matinal desta segunda-feira no Palácio do Planalto, liderada por Lula, teve como objetivo reforçar a estratégia de buscar resultados mais positivos após uma série de derrotas no Congresso Nacional.

Além de Padilha, estiveram presentes os ministros Rui Costa, Fernando Haddad, Márcio Macêdo, Laercio Portela, juntamente com os líderes do governo no Congresso. Padilha reiterou que a prioridade do governo é focar em questões econômicas e sociais, e não em projetos divisivos.

Com a inclusão na pauta de votações da Câmara de um requerimento de urgência para um projeto que proíbe a delação premiada de presos, de autoria de Wadih Damous, a situação se torna ainda mais delicada. O requerimento acelera a tramitação da proposta, levando-a diretamente ao plenário para votação.

Diante desse cenário, o governo está determinado a evitar que temas controversos e provocativos dominem o debate político, buscando focar em questões mais relevantes para o desenvolvimento do país.


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