Governo de São Paulo inicia processo de privatização das linhas Coral, Safira e Jade da CPTM em audiências públicas.
Essas três linhas desempenham um papel crucial no transporte de mais de 17 milhões de passageiros por mês. A Linha Coral, por exemplo, é responsável por levar 11,7 milhões de pessoas, enquanto a Linha Safira transporta 5,4 milhões e a Linha Jade atende a 431,2 mil usuários mensalmente.
Atualmente, a Linha 11 liga a região central de São Paulo à zona leste, passando por Poá e chegando até Mogi das Cruzes. Paralelamente, a Linha 12 segue um trajeto semelhante, passando por Itaquaquecetuba até Poá. Já a Linha 13 conecta a região central da capital ao Aeroporto Internacional de Guarulhos.
O plano de privatização prevê a expansão da Linha Jade, com a construção de dez novas estações e a requalificação da infraestrutura das linhas. No entanto, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo identificou pendências nas obras de readequação e ampliação do sistema de suprimento de energia das linhas 11 e 12, contratadas com a empresa alemã Siemens. O TCE apontou que as obras estão paralisadas e não foram concluídas no prazo estabelecido.
Essa não seria a primeira vez que o governo de São Paulo opta pela privatização de linhas de trens metropolitanos. Em 2022, as linhas 8 – Diamante – e 9 – Esmeralda – passaram a ser operadas pela empresa Viamobilidade. No entanto, os primeiros meses de concessão foram marcados por falhas e problemas de segurança, levando o Ministério Público a abrir uma investigação e exigir ações emergenciais para garantir a segurança dos passageiros.
Diante desses desafios, a Secretaria Estadual de Parcerias em Investimentos afirmou que está estruturando as novas concessões de forma a garantir uma transição adequada entre a operação pública e privada, a fim de mitigar os riscos e garantir a qualidade do serviço prestado à população.
