Presidente Lula da Silva participa da Cúpula do G7 na Itália, com destaque para a taxação global de 2% dos super-ricos.
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O G7 é formado por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Anteriormente, a Rússia fazia parte do grupo, conhecido como G8, mas foi expulsa em 2014 devido à anexação da Crimeia. As cúpulas do G7 costumam receber também a presença de países convidados.
Antes de chegar à Itália, o presidente fará uma breve parada em Genebra, na Suíça, para participar da conferência da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O encontro teve início no dia 3 de junho e segue até o dia 14.
Essa é a oitava vez que Lula participa da Cúpula do G7, sendo as seis primeiras participações durante seus dois primeiros mandatos, entre 2003 e 2009. Desde então, o Brasil não havia comparecido a uma reunião do grupo, e a sétima participação do presidente brasileiro ocorreu no ano passado em Hiroshima, no Japão.
A presença de Lula no G7 é estratégica, já que o governo brasileiro vem mantendo diálogo com as autoridades italianas devido às presidências rotativas do Brasil e da Itália no G20 e no G7, respectivamente. O G20 reúne 19 das maiores economias do mundo, mais a União Europeia e a União Africana.
No G7, Lula defenderá as agendas do Brasil no G20, com destaque para a inclusão social, a luta contra a desigualdade, a fome e a pobreza, o combate às mudanças climáticas e a promoção do desenvolvimento sustentável. Além disso, a tributação global de 2% da renda dos super-ricos também estará em pauta, uma proposta apresentada anteriormente em reuniões do G20.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, acompanha Lula na Itália e tem discutido o tema da taxação de super-ricos com autoridades internacionais, incluindo o Papa Francisco. A proposta ganha adesão de diversos países e pode ser incluída nas reformas propostas pela OCDE. A expectativa é de que um acordo seja alcançado até novembro.