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Conab exige comprovação de capacidade técnica de empresas vencedoras de leilão de arroz do governo federal após críticas e questionamentos.




Leilão de Arroz do Governo Federal

Conab Exige Comprovação de Capacidade Técnica de Empresas Vencedoras do Leilão de Arroz

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) está solicitando uma comprovação de que as empresas que venceram o leilão de arroz do governo federal possuem capacidade técnica para executar a compra e distribuição dos produtos adquiridos.

Dentre as quatro empresas arrematantes, a principal compradora, que adquiriu quase metade do total de arroz, é uma loja de queijos. Outra empresa é uma companhia de transportes cujo único sócio confessou ter pago propina para fechar um contrato com o governo do Distrito Federal.

O questionamento em relação ao leilão surgiu após críticas da oposição ao presidente Lula (PT) e do setor do agronegócio, levando a Conab a rever a situação. O presidente da companhia, Edgar Pretto, ressaltou a importância da transparência e segurança jurídica na operação.

No último leilão realizado na quinta-feira (6), o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) adquiriu 263,3 mil toneladas de arroz importado, totalizando um investimento de R$ 1,3 bilhão. A iniciativa tem como objetivo mitigar os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul sobre o abastecimento e os preços do cereal no mercado nacional.

Perfil das Empresas Vencedoras

A maior arrematante do leilão, a empresa Wisley A de Souza, adquiriu 147,3 mil toneladas de arroz e tem como único sócio uma pessoa com esse nome e um capital social de R$ 5 milhões. Conhecida como Queijo Minas, a empresa está sediada em Macapá, no Amapá, e atua principalmente no comércio atacadista de laticínios, frutas, verduras, carnes, entre outros produtos.

Por outro lado, a ASR Locação de Veículos e Máquinas, sediada em Brasília, foi a segunda maior arrematante. Com foco principal no aluguel de máquinas e equipamentos, a empresa também possui atividades secundárias que vão desde a construção de edifícios até o comércio atacadista de cereais. Seu único sócio, Crispiniano Espindola Wanderley, possui experiência no setor e é ex-presidente da Coopertran.

Controvérsias e Posicionamentos

Em relação à empresa de transportes e ao único sócio da empresa de queijos, houve questionamentos sobre a capacidade técnica e idoneidade das empresas para realizar a compra e distribuição do arroz adquirido no leilão.

A Conab, visando garantir a segurança jurídica da operação, decidiu convocar as Bolsas de Mercadorias e Cereais para validar a documentação e a capacidade técnica das empresas vencedoras. O presidente da Conab enfatizou que a transparência e a solidez da operação são fundamentais e inegociáveis.

Diante das polêmicas envolvendo as empresas vencedoras do leilão, a sociedade aguarda esclarecimentos e providências para garantir a lisura do processo de compra e distribuição do arroz adquirido pelo governo federal.


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