DestaqueUOL

Seita em Manaus é suspeita de liderar ritual com cetamina, resultando em morte de mulher e abusos sexuais. Advogados negam acusações.




Notícia sobre o caso Djidja em Manaus

Djidja foi encontrada morta dentro de casa em Manaus no dia 28 de maio. A suspeita é de que ela tenha sofrido uma overdose. A família já era investigada por liderar um grupo religioso que forçava seguidores a usar cetamina para “transcender a outra dimensão e alcançar um plano superior e a salvação”, segundo a polícia.

Grupo fazia “rituais com o uso indiscriminado de cetamina”, diz polícia. As investigações apontam que algumas vítimas passaram por violência sexual e aborto. As investigações começaram com pai de vítima na delegacia. Segundo a polícia, “seita” funcionava há pelo menos dois anos no bairro Cidade Nova, em Manaus.

Cleusimar e Ademar teriam se apresentado na delegacia como Maria e Jesus, diz advogado. “A mãe de Djidja se identificou como Maria, mãe de Jesus, e disse que o filho era Jesus, eles não tinham noção. Isso aconteceu logo depois da prisão, entrei na sala e eles falaram isso”, afirma Vilson Gomes Benayon Filho. “Eles também convidaram o delegado para experimentar, tomar conhecimento da espiritualidade”, afirmou.

Defesa nega a existência da seita. “Não existe esse negócio de ritual e de que funcionários e amigos eram obrigados ou coagidos a usar a droga. Não existia isso. Eles ofereciam sob efeito de drogas, com aquele argumento, com aquela alegação da transcendência da evolução espiritual”, argumentou a advogada Lidiane Roque.

Não existe seita, não existe ritual macabro. Todas as declarações deles, os vídeos que circulam na internet, todas as provas que estão no inquérito são fruto de alucinações extremamente severas, de uma droga que está destruindo famílias.
Nauzila Campos, advogada da família de Djidja

O que é a cetamina

Trata-se de um anestésico hospitalar. É usado em diversos países, incluindo o Brasil, com a finalidade de sedação para humanos e outros animais. É apelidada de “tranquilizante para cavalos”.

Por: Jornalista Investigativo


Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo