
Operação Especial para Retirada de Aeronaves no Aeroporto Salgado Filho
Uma operação especial está em andamento para remover as aeronaves retidas no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, devido às enchentes recentes na região. A ação de retirada começou no sábado (8) conforme anunciado pela Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) e pela Fraport Brasil, empresa responsável pela administração do aeroporto.
De um total de 47 aeronaves retidas devido às inundações que causaram a suspensão das operações do aeroporto, 9 serão removidas inicialmente. A Fraport Brasil definiu horários específicos para a retirada dos aviões em coordenação com o serviço de tráfego aéreo.
A decisão de realizar essa operação excepcional foi autorizada pela Anac, requerendo procedimentos de segurança específicos por parte das operadoras aéreas e da administração do aeroporto. A colaboração e coordenação com o Decea, operadoras aéreas e a Fraport Brasil foram fundamentais para o planejamento e execução dessa ação.
As empresas e indivíduos responsáveis pelas aeronaves devem assinar um termo de responsabilidade para a retirada das mesmas. Além disso, cada operadora aérea deve realizar uma avaliação de risco para obter a autorização especial de voo, considerando que as operações normais do aeroporto estão suspensas.
Não há um prazo definido para a conclusão da retirada de todas as aeronaves do local. A CEO da Fraport Brasil, Andreea Pal, mencionou a possibilidade de necessidade de reparos na pista de pouso e decolagem, que ficou submersa durante as inundações.
Pal destacou a complexidade dos reparos necessários, incluindo a substituição do asfalto e da sub-base da pista, com algumas partes do asfalto chegando a 60 centímetros de espessura. Com base em previsões, as operações no aeroporto podem voltar a funcionar parcialmente em dezembro, sujeitas à conclusão dos reparos necessários.
A situação do Aeroporto Salgado Filho permanece em destaque devido aos danos causados pelas enchentes, com estimativas de gastos em torno de R$ 1 bilhão. A concessionária possui seguro contra enchentes, mas o valor coberto pelo seguro não é suficiente para compensar os prejuízos, que ultrapassam os R$ 130 milhões previstos.
Diante do cenário desafiador, a Fraport solicitou à Anac uma revisão do contrato de concessão do aeroporto para avaliar questões econômicas e financeiras. A CEO enfatizou a importância de entender os aspectos técnicos e financeiros envolvidos para garantir a retomada segura das operações aeroportuárias no Salgado Filho.