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Estudo aponta impacto desproporcional das leis antiaborto em mulheres negras e indígenas nos EUA, gerando desigualdades na saúde materna.






Impacto das leis antiaborto em mulheres nos EUA

Impacto das leis antiaborto em mulheres nos EUA

Um estudo realizado por pesquisadores das Universidades de Boston e Wisconsin-Madison apontou que mulheres negras e indígenas nos Estados Unidos podem ser mais afetadas pelas leis que proíbem ou restringem o aborto. Após a reversão do direito ao procedimento em âmbito federal pela Suprema Corte americana há dois anos, a liberdade dos estados de restringir ou banir o aborto cresceu, resultando em impactos desproporcionais em diferentes grupos de mulheres.

De acordo com os pesquisadores, a proporção de mulheres negras, indígenas e brancas vivendo em estados onde o aborto é banido é maior do que onde o procedimento é liberado ou restrito. Mulheres negras são as mais afetadas, com uma proporção 59% maior em estados mais restritivos. A falta de acesso ao aborto pode resultar em piora de indicadores de saúde materna, como a mortalidade entre gestantes.

O professor Eugene Declercq, da Universidade de Boston, alerta que os estados que restringiram o aborto já tinham índices piores de saúde feminina. O estudo também indica que as leis antiaborto afetam a distribuição geográfica de profissionais de saúde materna, que podem se mudar de estados onde correm risco de prisão por realizarem o procedimento.

O impacto das leis antiaborto é especialmente preocupante para mulheres negras e indígenas, que já apresentam altas taxas de mortalidade materna. Além disso, a idade das mulheres afeta sua experiência, com adolescentes enfrentando obstáculos extras, como restrições de idade e custos mais altos.

Conclusão

Diante desse cenário, é crucial que políticas públicas sejam desenvolvidas para garantir o acesso universal e seguro ao aborto, considerando as diferentes realidades das mulheres nos Estados Unidos. A equidade no acesso a serviços de saúde reprodutiva é fundamental para promover a saúde e o bem-estar das mulheres, em especial das mais vulneráveis e marginalizadas.

Este artigo faz parte da iniciativa Todas, que busca promover a igualdade de gênero e o fortalecimento das mulheres na sociedade.

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