Chuvas no RS impactam indústria com queda de 15,6% nas vendas em maio, aponta Receita Estadual; setores mais afetados são divulgados
Os setores mais afetados foram os insumos agropecuários, que tiveram uma redução de 39,1%, seguido pelo metalmecânico, com 24,4%, e pneumáticos e borrachas, com 18,2%. Outros setores como têxteis e vestuário (-17,2%) e madeira, cimento e vidro (-16,1%) também enfrentaram quedas significativas em suas vendas.
O governo do Rio Grande do Sul destacou que, apesar do impacto negativo, todos os setores já apresentam sinais de recuperação após o período mais crítico da crise climática. A queda mais acentuada nas vendas foi observada na primeira semana do desastre, com uma redução média de 37,3%.
A análise sobre a atividade econômica também apontou as regiões mais afetadas, com as maiores baixas na Fronteira Noroeste (-63,2%), Alto do Jacuí (-28,6%), Vale do Rio dos Sinos (-26,2%), Vale do Taquari (-26,0%), e Vale do Caí (-25,9%). Já na Região Metropolitana de Porto Alegre, a queda foi de 21,2% nas vendas da indústria.
A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) também sofreu impacto, com uma redução de R$ 640 milhões em maio em relação às projeções iniciais. A situação é agravada pelo fato de que 91% dos estabelecimentos contribuintes do ICMS no estado estão localizados em áreas afetadas pelas enchentes.
O impacto da tragédia climática sobre o Produto Interno Bruto (PIB) nacional ainda não foi totalmente calculado. O crescimento de 2,5% do PIB brasileiro no primeiro trimestre não captou os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul. O estado gaúcho é o quinto maior da economia brasileira, com uma participação de 5,9% do PIB nacional em 2023, atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná.
