
Aliados do prefeito de São Paulo buscam apoio do governador para evitar indicação polêmica de vice
Recentemente, aliados do prefeito Ricardo Nunes (MDB) demonstraram preocupação com a possibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) forçar a indicação do ex-coronel da Rota Ricardo de Mello Araújo (PL) como vice na eleição deste ano. Segundo fontes próximas, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) é visto como a última esperança para evitar essa escolha controversa.
De acordo com as informações obtidas, o nome inicialmente preferido pela aliança liderada pelo prefeito era o de Aldo Rebelo (MDB), atual secretário de Relações Internacionais. No entanto, Rebelo decidiu não disputar a posição, permanecendo em seu cargo na gestão municipal.
Os líderes partidários argumentam que a indicação de Mello Araújo traria uma série de desafios para a campanha, dada sua ligação ao bolsonarismo radical e a falta de experiência política. Além disso, afirmam que a escolha poderia prejudicar a corrida eleitoral em regiões periféricas da capital.
A estratégia dos aliados de Nunes é enfatizar a importância de garantir a vitória na eleição municipal, argumentando que a presença de Mello Araújo na chapa tornaria essa missão mais difícil.
Por outro lado, o Presidente do PL, Valdemar Costa Neto, manifestou preferência pela vereadora Sonaira Fernandes (PL) para o cargo de vice, destacando sua passagem como secretária de Políticas para a Mulher na gestão de Tarcísio. No entanto, Nunes possui ressalvas em relação à vereadora, devido a posicionamentos contrários feitos por ela nas redes sociais e à resistência em aprovar um projeto de reforma da Previdência municipal.
Diante desse impasse, a entrada do coach Pablo Marçal (PRTB) na corrida eleitoral representa uma alternativa a Bolsonaro, aumentando a pressão sobre o prefeito para agradar o ex-presidente. A possível indicação de Mello Araújo, apoiada publicamente por Bolsonaro, ganhou força nesse contexto.
Dessa forma, a expectativa recai sobre a atuação de Tarcísio de Freitas, visto como a principal aposta dos presidentes de partidos para mediar essa situação delicada, principalmente após ter dado aval ao nome de Aldo Rebelo, considerado mais moderado.