Saldo da poupança tem aumento de R$ 8,2 bilhões em maio, registrando mais depósitos do que saques pelo segundo mês consecutivo.
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Esses números representam uma mudança positiva em relação ao mês de abril de 2024, que registrou uma saída líquida de recursos. Essa tendência também é oposta ao cenário observado no mesmo período de 2023, quando os brasileiros retiraram R$ 11,7 bilhões a mais do que depositaram na poupança.
O cenário de endividamento da população tem impacto sobre os movimentos na caderneta de poupança. Em 2023, a saída líquida foi de R$ 87,8 bilhões, resultado inferior ao ano anterior, quando a fuga de recursos foi recorde. A alta da taxa Selic, principal referência para os investimentos, também influencia as decisões dos aplicadores, estimulando a busca por investimentos com melhor desempenho.
O Copom, comitê responsável pela política monetária, elevou a Selic por 12 vezes consecutivas de março de 2021 a agosto de 2022, em um contexto de alta inflação. Após um período de estabilidade da taxa, os cortes começaram a ser implementados, mas atualmente a Selic encontra-se em 10,5% ao ano, diante de um cenário econômico desafiador.
Em meio à pandemia, a caderneta de poupança teve um desempenho positivo em 2020, com uma captação líquida recorde de R$ 166,31 bilhões. No entanto, em 2021 e 2023 o saldo foi negativo, refletindo o impacto das crises econômicas e das incertezas trazidas pela Covid-19. A retirada líquida em 2021 foi de R$ 35,49 bilhões, enquanto em 2023 chegou a R$ 87,8 bilhões.
Diante desse cenário, é importante acompanhar as movimentações na caderneta de poupança como um reflexo da situação econômica do país e das expectativas dos investidores. O saldo positivo em maio traz um alívio após períodos de saídas líquidas, sinalizando uma possível retomada da confiança dos aplicadores.