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Empresas envolvidas em leilão de arroz do governo federal levantam suspeitas de corrupção e irregularidades em suas atividades.




Leilão de arroz do governo federal

Polêmicas envolvendo o leilão de arroz do governo federal

No último leilão de arroz promovido pelo governo federal, quatro empresas saíram vencedoras. Dentre elas, chamou a atenção a maior compradora, uma empresa sediada em Macapá (Amapá), cuja atividade principal é a venda de leite e laticínios. Outra empresa vencedora pertence a um empresário de Brasília que admitiu ter pago propina para conseguir um contrato com a Secretaria de Transportes do Distrito Federal.

O leilão impactou o mercado com a compra de 263,3 mil toneladas de arroz importado, totalizando um gasto de R$ 1,3 bilhão. O governo justificou a importação como medida para minimizar os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul sobre o abastecimento e os preços do cereal, embora tenha sido alvo de críticas da oposição e do agronegócio, que questionam a necessidade e os efeitos da ação.

A Conab, responsável pelo leilão, esclareceu que as empresas vencedoras terão prazos e obrigações a cumprir, como a entrega do produto nos armazéns indicados e a garantia de qualidade e documentação. O descumprimento das regras pode acarretar punições legais e multas.

A empresa que arrematou a maior quantidade de arroz chama-se Wisley A de Souza, com foco em produtos lácteos e um capital social de R$ 5 milhões. Uma investigação judicial revelou que outra empresa vencedora, a ASR Locação de Veículos e Máquinas, tem ligações com esquemas de propina para obter contratos públicos no Distrito Federal.

A polêmica em torno do leilão foi intensificada por declarações do ex-presidente da Coopertran, que acusou um ex-secretário de Transportes de corrupção e extorsão. A oposição e representantes do agronegócio pediram investigações sobre a transparência e a legalidade do leilão, com destaque para a senadora Tereza Cristina, que solicitou uma auditoria para avaliar os impactos da importação de arroz.

Diante das controvérsias e questionamentos levantados, a regularidade e os efeitos do leilão de arroz do governo federal permanecem em foco, suscitando debates e análises sobre as práticas envolvidas no processo.


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