
Cremações: uma prática em crescimento pelo mundo
Diante da crescente demanda por cremações, cemitérios em diversos países estão se adaptando a essa prática. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde a maioria dos judeus não segue estritamente a ortodoxia, cada vez mais cemitérios judaicos estão aceitando a cremação como um método de despedida, conforme relatado pelo jornal “The Jewish Chronicle”.
Hindus: a tradição milenar da cremação
Para os hindus, a cremação é um ritual milenar ligado à crença na continuidade da alma. O último sacrifício, conhecido como antiesti, é um rito fúnebre fundamental que envolve a queima do corpo do falecido. Acredita-se que, nesse processo, a alma é libertada para seguir sua jornada eterna, enquanto o corpo, assim como o Universo, é transitório.
Na cidade sagrada de Varanasi, na Índia, a cremação é um aspecto central da cultura local. Lá, até mesmo existe um “rei da cremação”, responsável por liderar as cerimônias às margens do Rio Ganges. O maior centro de cremação da cidade pode acomodar até 150 corpos por dia, refletindo a intensidade e a familiaridade dos indianos com essa prática ancestral.
As imagens impactantes da pandemia de 2020 na Índia revelaram a importância da cremação em momentos de crise. Em locais como Délhi, onde mais de 19 mil pessoas perderam a vida para a covid-19, autoridades tiveram que improvisar piras de cremação devido à falta de capacidade nos cemitérios locais.
