Brasileiros ainda não sacaram R$ 8,16 bilhões esquecidos no sistema financeiro, revela Banco Central em reportagem especial

Os dados do SVR, divulgados com dois meses de defasagem, mostram que mais de 20 milhões de correntistas já resgataram valores, representando 31,34% do total de 64,6 milhões de correntistas incluídos desde o início do programa em fevereiro de 2022. Dentre os beneficiários que já efetuaram os resgates, a maioria é composta por pessoas físicas, totalizando 19.045.510, enquanto 1.203.160 são pessoas jurídicas. No entanto, ainda existem 41.104.921 pessoas físicas e 3.264.504 pessoas jurídicas que não realizaram o resgate.
A maior parte dos beneficiários que ainda não sacaram os recursos têm direito a pequenas quantias, onde 63,54% estão na faixa de até R$ 10, 24,95% entre R$ 10,01 e R$ 100, 9,73% entre R$ 100,01 e R$ 1 mil, e somente 1,78% têm direito a mais de R$ 1 mil.
O SVR passou por melhorias significativas em sua fase atual, como a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp, inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR e uma sala de espera virtual que permite consultas no mesmo dia. Além disso, agora é possível consultar valores de pessoas falecidas, tornando o processo mais transparente para herdeiros e representantes legais.
No entanto, é importante ficar atento a possíveis golpes, uma vez que o Banco Central alerta sobre estelionatários que tentam intermediar supostos resgates de valores esquecidos. O BC destaca que todos os serviços do SVR são gratuitos e que não entra em contato solicitando dados pessoais, reforçando que a instituição financeira é a única autorizada a contatar o cidadão em relação aos valores a receber.
Portanto, é fundamental estar atento e não fornecer informações sensíveis a terceiros, evitando possíveis fraudes e mantendo a segurança financeira. A iniciativa do SVR visa devolver recursos esquecidos aos seus legítimos proprietários, promovendo maior transparência e eficiência no sistema financeiro.