Alerta de Cheias na Amazônia: Probabilidades baixas de cheias severas nos rios Negro, Solimões e Amazonas, segundo o Serviço Geológico do Brasil.
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Segundo dados da Rede Hidrometeorológica Nacional, que reúne informações dos sistemas de alerta nas cidades de Manaus, Manacapuru, Itacoatiara e Parintins, vivem cerca de 8 milhões de pessoas em 84 municípios da região.
Para a cidade de Manaus, a previsão da média de cheia é de 26,88 metros, abaixo da cota de alerta de 27 metros. Já a região metropolitana, monitorada pelo sistema de Manacapuru, apresentou uma cota média de 17,79 metros, ligeiramente acima da cota de alerta. Em Itacoatiara, a previsão média ficou em 12,40 metros, enquanto em Parintins foi de 7,17 metros, ambas abaixo da normalidade.
O pesquisador Gustavo Ribeiro, do Censipam, destacou que o trimestre de junho a agosto deverá ter precipitações dentro da normalidade, com chuvas acima da média apenas no extremo norte da região. Renato Senna, pesquisador do Inpa, atribui a redução no volume de água na região ao início da estação chuvosa durante o El Niño e ao aquecimento atípico do Oceano Atlântico Tropical Norte.
Embora haja previsões de atuação do La Niña no início da próxima estação chuvosa a partir de outubro, a pesquisadora Jussara Cury ressalta a preocupação com a vazante devido aos baixos volumes de chuvas, o que pode afetar o abastecimento das cidades dependentes do transporte fluvial.
Comparando com anos anteriores, a pesquisadora destaca que há um alerta para o Rio Madeira, em Porto Velho, e para a região do meio da bacia amazônica, com atenção especial para Itacoatiara, onde o volume de água não atingiu a normalidade e há uma tendência de redução nas chuvas.