Agência BrasilDestaque

Viúva de indigenista assassinado defende a importância dos povos indígenas para a proteção da floresta e da biodiversidade brasileira

Recentemente, a viúva do indigenista Bruno Pereira, Beatriz Matos, concedeu uma entrevista exclusiva à TV Brasil, na qual defendeu a importância de se conhecer melhor o trabalho do seu falecido marido para compreender a relevância dos povos indígenas, sobretudo os povos isolados e de recente contato, para a preservação da floresta e da biodiversidade brasileira. Bruno Pereira foi assassinado há dois anos, no mesmo dia em que o jornalista britânico Dom Phillips também foi morto, em pleno Vale do Javari, na Amazônia.

A angústia pela falta de informações sobre o paradeiro de Bruno e Dom Phillips atormentou a família durante os 10 dias em que permaneceram desaparecidos, até que seus corpos foram encontrados pelas autoridades policiais. Beatriz relembra a insegurança vivida nesse período e a falta de apoio que a família recebeu nesse momento delicado.

Beatriz, que atualmente ocupa o cargo de diretora de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato no Ministério dos Povos Indígenas (MPI), destaca o legado deixado por seu marido e pelo jornalista britânico como um marco na luta pelos direitos dos povos indígenas e pela conservação do meio ambiente. Ela ressalta a importância de esclarecer que os povos isolados fazem questão de manter sua autonomia e recusam contatos com pessoas não indígenas, uma decisão que deve ser respeitada e protegida pelo Estado.

Além disso, Beatriz enfatiza a relevância dos povos indígenas na preservação da Amazônia, destacando que áreas indígenas são as que menos sofrem com o desmatamento, evidenciando a importância de valorizar e apoiar essas comunidades para garantir a sustentabilidade ambiental.

A entrevista de Beatriz Matos traz à tona a importância do legado deixado por Bruno Pereira e Dom Phillips, bem como destaca a necessidade de se fortalecer as políticas de proteção aos povos indígenas e ao meio ambiente, em um momento em que a pressão por exploração e desmatamento na região amazônica continua sendo uma realidade. A memória dos dois profissionais e a luta pela preservação da Amazônia e dos povos indígenas são temas que se mantêm atuais e urgentes, exigindo um comprometimento constante e efetivo por parte das autoridades e da sociedade em geral.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo