Pesquisador ambiental alerta para a escassez de sementes devido às mudanças climáticas e desertificação no Brasil

Um exemplo disso é o pau-ferro, uma árvore que Nereu costuma coletar amostras, mas que nos últimos anos tem apresentado dificuldade em gerar sementes. Essa situação é alarmante e não é um caso isolado. Em suas andanças pelo Cerrado, o ambientalista observa que muitas árvores estão morrendo devido à monocultura e uso de agrotóxicos, prejudicando o equilíbrio do ecossistema.
O pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, André Andrade, explica que a mudança climática tem afetado a capacidade das plantas em produzir sementes, devido à falta de água e luz solar necessárias para o processo de fotossíntese. Essa situação é tão preocupante que a ONU já alertou sobre a desertificação e a importância da restauração dos ecossistemas para garantir a sustentabilidade do planeta.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, bilhões de hectares de terra em todo o globo estão degradados, o que causa desertificação e aumenta a seca. A restauração dos ecossistemas é vista como a solução mais eficaz para equilibrar o ciclo da água e do carbono, evitando assim consequências mais graves da mudança climática, como secas e chuvas extremas.
Nereu Rios, em sua missão de vida, enfrenta desafios cada vez maiores para coletar sementes e gerar mudas de árvores, devido às mudanças no ambiente causadas pela ação humana. Ele destaca que a produção de certas espécies caiu significativamente nos últimos anos, afetando não apenas a vegetação, mas também a fauna local.
Diante desse cenário preocupante, a restauração dos ecossistemas se mostra fundamental para assegurar um futuro sustentável para o planeta. É necessário investir em práticas que promovam o equilíbrio ambiental e garantam a preservação da biodiversidade, para que as gerações futuras possam usufruir de um planeta saudável e em harmonia com a natureza.