
A humanidade está próxima de atingir limite preocupante de temperatura, alertam especialistas
A humanidade está, portanto, próxima do limite de 1,5°C adotado no Acordo de Paris de 2015. Mas há uma diferença: esta meta de 1,5°C deve ser alcançada ao longo de várias décadas para ser considerada como o nosso novo clima estabilizado.
Um sinal preocupante, porém, é que o ano de 2023, o mais quente dos anais, terminou com uma anomalia de 1,48° C em relação a 1850-1900. Segundo Copernicus, esse quadro ocorreu devido à mudança climática e a um aumento pontual do aquecimento contribuído pelo fenômeno natural El Niño. Em um período de 12 meses contínuos, já foi ultrapassado 1,5°C: a temperatura média de junho de 2023 a maio de 2024 foi de 1,63° C, segundo Copernicus, em comparação com 1850-1900.
Algo nunca visto antes, provavelmente há milênios, segundo os climatologistas, que observam a multiplicação e intensificação de ondas de calor mortais, secas e enchentes devastadoras em todo o mundo. Embora a humanidade tenha concordado em abandonar gradualmente os combustíveis fósseis, o seu declínio não é iminente.
O ano de 2023 foi o mais quente já registrado. No ano passado, as temperaturas ficaram elevadas em razão das alterações climáticas, mas também influenciadas pelo fenômeno natural El Niño.
ONU mostra preocupação com o quadro
Os humanos representam o mesmo “perigo” para o planeta que “o meteorito que exterminou os dinossauros.” A afirmação foi dada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, após os recordes de calor registrados nos últimos doze meses.
Em relatório, agência da ONU indica que recorde de 2023 deve ser batido em ao menos um dos próximos cinco anos. “Durante o ano passado, a cada troca de mês elevava-se o calor. O nosso planeta está tentando nos dizer algo, mas parece que não estamos ouvindo”, afirmou o secretário-geral da ONU, António Guterres. “Chegou a hora de nos mobilizarmos, de agirmos e de apresentarmos resultados.”