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Intervenção com muro em Pontal de Maracaípe (PE) prejudica comerciantes e pescadores locais, gerando protestos e insegurança na região.





A comunidade local enfrenta desafios em Pontal de Maracaípe, onde a maré interfere diretamente nas vendas dos comerciantes locais. Ana Paula Rocha, barraqueira de 40 anos, relata a dificuldade enfrentada por ela e outros trabalhadores: “A gente depende da maré para vender, e tem dias que ela está cheia, e a gente não consegue ficar no local por causa do muro. É uma intervenção muito complicada, sem contar que a gente trabalha sob ameaça.”
Ana Paula Rocha, 40, barraqueira

De acordo com Ana Paula, são 18 barracas que funcionam no local, empregando diretamente ou indiretamente cerca de 300 pessoas, incluindo os ambulantes que circulam na região.

Helena Ivalda do Nascimento, pescadora artesanal de 37 anos, também se manifesta sobre os desafios enfrentados pelos moradores locais: “A verdade é que esse muro está nos adoecendo. Eles colocaram essas câmeras infravermelho e que captam som, e placas. A gente está perdendo a vontade de pescar, de viver, pois agora temos medo de andar no nosso próprio território. A praia é do povo, não dos grandes empresários.”
Helena Ivalda do Nascimento

Placa colocada na área privada de Pontal de Maracaípe (PE)
Placa colocada na área privada de Pontal de Maracaípe (PE) – Imagem: Rebeca Martins/Arquivo pessoal

Muro erguido em 2022

O muro foi erguido em julho de 2022, quando a CPRH autorizou o dono da área a fazer a obra com 250 metros de extensão, utilizando troncos de coqueiros e sacos de fibra têxtil de palmeiras.


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