DestaqueUOL

França e países bálticos consideram enviar tropas para treinamento na Ucrânia sob ataque russo, revela especialista

França e Polônia cogitam enviar tropas de treinamento a Ucrânia em meio à tensão com a Rússia

Segundo o especialista francês em política externa Nicolas Tenzer, “a França possivelmente está disposta a fazer isso, tão rápido quanto possível”, e os locais devem ser Lviv ou Kiev. A Polônia e os países bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia) tampouco descartam o envio de pessoal de treinamento ao país sob ataque russo.

Como avaliou o The New York Times num artigo de meados de maio, essa forma de ajuda possibilitaria a Kiev treinar e enviar mais rapidamente para o front os soldados recém-mobilizados e urgentemente necessários. Aparentemente, a restrição mais importante é que os aliados não se envolvam em combates diretos com a Rússia, segundo o jornal.

Entretanto, essa sugestão encontra críticos nos meios militares, que acusam Macron e seus apoiadores de terem exposto as linhas demarcatórias europeias. Matisek se mantém convicto de que “se poderia, sem problemas, enviar alguns milhares de soldados ocidentais para Lviv, como parte de uma missão de treinamento”: afinal, a União Europeia já mantém uma iniciativa do gênero, e poderia facilmente transferi-la para a Ucrânia.

Moscou: exercícios com armas nucleares são culpa do Ocidente

O oficial americano vai mais longe, com uma sugestão que não está sendo considerada na discussão política: que os países ocidentais estacionem tropas ao longo da fronteira e no interior da Ucrânia, até a margem do rio Dnipro.

“Acho que isso emitiria a [presidente russo Vladimir] Putin um sinal bem claro de que o Ocidente não vai mais tolerar novas conquistas territoriais na Ucrânia. Se os europeus fizessem isso, ficariam liberadas até 20 brigadas ucranianas para mobilização mais perto da frente de combate.” Contudo, a medida implicará também “mais defesa aérea” para proteger os soldados europeus – acrescenta Matisek.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo