
Na eleição da Índia, mais uma projeção errada das pesquisas de boca de urna foi destaque, com a não reeleição do deputado acusado de estuprar e filmar dezenas de mulheres.
Prajwal Revanna, do partido Janata Dal, perdeu sua vaga no estado de Bangalore para o candidato oposicionista Shreyas Patel. Revanna concorreu à reeleição estando preso desde junho após pen drives com vídeos de relações sexuais vazarem.
Mulheres retratadas nos vídeos acusaram Revanna de forçar as relações sexuais. O deputado foi indiciado em três casos de estupro e abuso sexual, negando as acusações e afirmando ser vítima de conspiração.
Além disso, a Índia tem registrado casos de candidatos políticos envolvidos em crimes contra mulheres. Um exemplo é o deputado Brij Bhushan Sharan Singh, acusado de assédio sexual, que retirou sua candidatura em favor do filho.
A situação dos crimes contra mulheres é grave na Índia, com casos de estupro coletivo chocando a população. Em 2022, foram registrados 31.516 estupros no país, números considerados subnotificados devido ao estigma social e à abordagem policial.
A sociedade indiana enfrenta desafios significativos quando se trata da proteção e defesa dos direitos das mulheres, sendo essencial um esforço conjunto para combater a violência de gênero e garantir a segurança e a dignidade de todas as mulheres do país.