Comissão de Ciência e Tecnologia aprova projeto que institui Dia Nacional do Biofísico em homenagem a Carlos Chagas Filho.
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A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovou nesta quarta-feira (5) o projeto de lei que estabelece 12 de setembro como o Dia Nacional do Biofísico (PL 138/2024). A data homenageia o aniversário de nascimento do cientista Carlos Chagas Filho (1910-2000), fundador do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O projeto segue diretamente para a Câmara dos Deputados, a menos que haja recurso para apreciá-lo no Plenário do Senado.
A proposta é do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP). Durante a votação, ele destacou que a biofísica tem aplicações médicas que merecem o seu reconhecimento como um campo de estudo crucial para o bem-estar humano.
— A medicina é, cada vez mais, um assunto multifacetado, com muitas ciências trabalhando em conjunto. A física e a biologia se entrelaçam para trazer melhores tratamentos e melhor qualidade de vida para as pessoas, através de uma medicina cada vez mais avançada.
O senador Fernando Dueire (MDB-PE) foi o relator do projeto. No seu parecer, ele também fala do papel “indispensável” da biofísica para o avanço da medicina.
“A biofísica, em sua natureza interdisciplinar, utiliza métodos e conceitos da física para desvendar os mistérios da biologia, abrangendo desde a estrutura molecular até a complexidade de organismos e ecossistemas”, escreveu o senador.
Carlos Chagas Filho foi médico e professor da Faculdade de Medicina da UFRJ, especializado em física biológica. Foi presidente da Pontifícia Academia de Ciências, no Vaticano, entre 1972 e 1988, e é até hoje o único não europeu a ocupar o cargo. Também foi membro da Academia Brasileira de Letras. Seu pai era o médico sanitarista Carlos Chagas (1878-1934), descobridor da Doença de Chagas.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) aprovou em sua última reunião, realizada no dia 5 de setembro, o projeto de lei que propõe a instituição do Dia Nacional do Biofísico, a ser comemorado em 12 de setembro. A data escolhida coincide com o aniversário de nascimento do renomado cientista Carlos Chagas Filho, fundador do Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O PL 138/2024, de autoria do senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP), recebeu parecer favorável do relator, senador Fernando Dueire (MDB-PE), e agora segue para análise na Câmara dos Deputados.
Durante a votação, o senador Pontes destacou a importância da biofísica na área da saúde, ressaltando que essa ciência desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de tratamentos avançados e na melhoria da qualidade de vida da população. “A física e a biologia se unem para promover avanços significativos na medicina, contribuindo para um campo cada vez mais complexo e interdisciplinar”, afirmou o parlamentar.
Em seu parecer, o senador Dueire ressaltou a relevância da biofísica para o progresso da medicina, destacando a abordagem interdisciplinar e inovadora dessa área do conhecimento. “A biofísica utiliza métodos e conceitos da física para investigar os mistérios da biologia, desde o nível molecular até a complexidade dos seres vivos e dos ecossistemas”, explicou o relator.
A trajetória de Carlos Chagas Filho, médico e professor reconhecido pela sua especialização em física biológica, foi lembrada durante a discussão do projeto. Além de ter sido presidente da Pontifícia Academia de Ciências no Vaticano, sendo o único não europeu a ocupar esse cargo, Chagas Filho também foi membro da Academia Brasileira de Letras. Seu pai, Carlos Chagas, foi o responsável pela descoberta da Doença de Chagas, uma das mais importantes contribuições da medicina brasileira para a saúde global.
A proposta de instituir o Dia Nacional do Biofísico foi bem recebida pelos senadores da CCT, que reconheceram a importância de valorizar e celebrar o legado de Carlos Chagas Filho e a relevância da biofísica no contexto atual da ciência e da saúde. O projeto agora aguarda a apreciação dos deputados na próxima etapa do processo legislativo.