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Relatório da Unesco aponta aceleração do aquecimento dos oceanos e alerta para consequências devastadoras no ecossistema marinho

Um novo relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) revelou preocupantes informações sobre o estado atual dos oceanos. De acordo com o documento, as águas estão passando por um avançado processo de aquecimento, além de apresentarem sinais de acidificação e queda das taxas de oxigênio.

O monitoramento realizado apontou que as temperaturas dos oceanos estão aumentando não apenas na superfície, mas também em zonas mais profundas, em um ritmo sem precedentes. O ano de 2023 registrou recordes de temperaturas oceânicas e o aquecimento está se acelerando, resultando em consequências conhecidas, como a subida do nível do mar, mudanças nas correntes oceânicas e impactos nos ecossistemas marinhos.

A elevação dos mares também foi destacada no relatório, com dados indicando um aumento médio de nove centímetros nos últimos 30 anos. O derretimento de gelo na Groenlândia e na Antártica Ocidental é apontado como um dos fatores que contribuem para essa elevação.

Além disso, o relatório ressalta a relação entre o aquecimento global e a ocorrência de extremos climáticos, que tendem a se tornar mais frequentes. Os tsunamis, tanto sísmicos quanto não sísmicos, podem se tornar mais catastróficos devido à subida do nível do mar.

A publicação teve sua primeira edição em 2022 e visa fornecer subsídios para decisões políticas e administrativas, além de incentivar novas pesquisas. Com a participação de 98 autores de 25 países, o relatório destaca a importância do oceano no controle climático do planeta, mas também alerta para os impactos da acidificação e da diminuição da disponibilidade de oxigênio no ambiente marinho.

Apesar de trazer valiosas informações, o relatório enfatiza a necessidade de novas pesquisas para ampliar o conhecimento sobre as mudanças oceânicas em curso e prever suas consequências. O compartilhamento equitativo de dados também é apontado como um desafio a ser superado para lidar com a crise oceânica em aceleração.

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