Projeto que exclui vacina contra Covid-19 do calendário infantil avança na Câmara dos Deputados, contrariando recomendação da comunidade científica.

A deputada recorreu à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ter rejeitado o texto. O recurso foi aprovado por 28 votos na CCJ e agora aguarda análise pelo plenário da Casa, sem data definida para a votação. Julia Zanatta argumenta que a vacina contra a covid-19 não foi suficientemente testada ao longo do tempo, o que poderia acarretar penalidades aos pais e responsáveis, inclusive a perda da guarda dos filhos.
Por outro lado, organizações científicas e o Ministério da Saúde rebatem tais argumentos, destacando que as vacinas contra a covid-19 foram amplamente estudadas e que a inclusão no calendário infantil se baseou em evidências científicas internacionais e dados epidemiológicos do Brasil. A pasta ressalta que as crianças têm sido afetadas pela doença, com casos, hospitalizações e óbitos registrados em diversas faixas etárias.
Além disso, a decisão de incluir a vacina contra a covid-19 no calendário infantil recebe apoio do Câmara de Assessoramento de Imunizações do MS, que conta com a participação de importantes organizações científicas do país. A Coalizão Internacional de Autoridades Reguladoras de Medicamentos e a Organização Mundial de Saúde também respaldam a segurança das vacinas em crianças.
Diante desse cenário, a discussão no Congresso Nacional segue acalorada, com diferentes posicionamentos em relação à importância da vacinação infantil contra a covid-19. A votação do projeto de decreto legislativo promete ser um dos assuntos mais debatidos e controversos no cenário político e de saúde pública do país nos próximos dias.