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Massacre na Praça da Paz Celestial: O banho de sangue que sufocou o movimento pela democracia na China em 1989.






Massacre na Praça da Paz Celestial: Uma tragédia marcada pelo banho de sangue

Massacre na Praça da Paz Celestial: Uma tragédia marcada pelo banho de sangue

No dia 5 de junho de 1989, um dos capítulos mais sombrios da história da China foi escrito na Praça da Paz Celestial, em Pequim. Os eventos que culminaram nesse trágico episódio começaram seis semanas antes, após a morte do chefe do partido, Hu Yaobang.

O movimento estudantil que reivindicava a democratização do Partido Comunista e o combate à corrupção ganhou força, levando milhares de universitários a ocupar a praça central da capital chinesa. Entretanto, o que começou como um protesto pacífico acabou em um massacre brutal.

No dia 26 de abril, o jornal oficial do governo em Pequim, Renmin Ribao, anunciou medidas repressivas contra os manifestantes. Apesar das advertências, os estudantes persistiram em suas reivindicações, contando com o apoio de jornalistas que também demandavam liberdade de imprensa.

A cisão entre os líderes políticos chineses era evidente, com Zhao Ziyang demonstrando compreensão para as demandas estudantis, enquanto Li Peng e Deng Xiaoping adotavam uma postura mais dura. A decretação da lei marcial em 20 de maio e a deposição de Zhao Ziyang marcaram a vitória da linha-dura do governo.

No dia 4 de junho, os eventos atingiram seu ápice com a intervenção militar na praça. Tanques e soldados armados avançaram sobre os estudantes, resultando em centenas de mortes e feridos. O sonho da democratização foi sufocado em um banho de sangue, com a imprensa sendo subjugada ao controle estatal.

A tragédia na Praça da Paz Celestial ficou marcada na memória do povo chinês como um dos momentos mais tristes de sua história recente, onde a repressão e a violência prevaleceram sobre as vozes da democracia e da liberdade.


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