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Investidor desempregado busca renda com dividendos, mas enfrenta riscos e baixos retornos em investimentos de curto prazo. Aprenda a melhor estratégia.




Artigo sobre Investimentos

Investir a rescisão em dividendos mensais pode não ser a melhor estratégia

No último mês, tive a oportunidade de conversar com um investidor que acabara de ser demitido. Sua principal preocupação era encontrar uma forma de investir sua rescisão em algo que lhe proporcionasse dividendos mensais. A princípio, esse pensamento parece razoável, mas é importante ressaltar os riscos e as nuances dessa estratégia.

Em geral, muitos investidores têm o desejo de substituir o salário por uma fonte de renda passiva, como os dividendos. No entanto, essa transição não é tão simples, especialmente para aqueles que não se preparam adequadamente e pretendem viver exclusivamente da rescisão trabalhista.

A rescisão de um emprego é composta por diversos fatores, como saldo de salário, aviso prévio, férias vencidas, 13º salário, multa do FGTS, liberação do FGTS e seguro-desemprego. Esses valores podem variar de acordo com o tempo de trabalho e outros aspectos.

Vamos analisar o caso do investidor mencionado anteriormente. Com uma rescisão de aproximadamente R$ 115 mil, ele buscava alternativas de investimento que proporcionassem uma renda mensal. No entanto, ao aplicar em opções que oferecem dividendos de até 1% ao mês, ele receberia apenas R$ 1,15 mil mensalmente, o que não seria suficiente para cobrir suas despesas mensais de R$ 7 mil.

Além disso, é importante ressaltar que investimentos que distribuem dividendos geralmente apresentam maior risco e volatilidade, o que pode resultar em prejuízos caso sejam vendidos a curto prazo. Portanto, é fundamental buscar opções de baixo risco e com liquidez em situações como essa.

Em casos de demissão, a prioridade deve ser se capacitar e retornar ao mercado de trabalho o mais rápido possível, ao invés de se preocupar com investimentos de alto risco. Cortar custos e preservar a rescisão para garantir o sustento nos próximos meses é essencial.

No cenário ideal, a preparação financeira prévia é fundamental para lidar com situações como a perda do emprego. Poupar e investir de forma consciente podem garantir uma renda estável durante a transição entre empregos.

Por fim, é importante ressaltar que o planejamento financeiro e a busca por segurança são essenciais em momentos de instabilidade no mercado de trabalho. Investir com cautela e pensando no longo prazo pode ser a chave para manter a estabilidade financeira em situações adversas.

Michael Viriato é assessor de investimentos e sócio fundador da Casa do Investidor.

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