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Governo de SP decide reter 18,3% das ações da Sabesp em processo de privatização; venda será dividida em dois grupos.

O governo do estado de São Paulo tomou uma decisão estratégica em relação à privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A administração paulista decidiu manter 18,3% das ações da empresa, que atualmente tem 50,3% de suas ações pertencentes ao estado. Os restantes 31,4% estão nas mãos de empresas e pessoas físicas.

Essa divisão das ações será feita em dois grupos distintos. A primeira parte, correspondente a 15% das ações, será destinada a um investidor de referência. As instruções para participar dessa concorrência serão divulgadas em breve pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado. O segundo grupo, composto por cerca de 17% das ações, estará disponível para todo o mercado, incluindo pessoas físicas, jurídicas e funcionários da Sabesp.

No que diz respeito ao investidor de referência, as empresas interessadas precisarão aceitar as condições estabelecidas no Acordo de Investimentos. De acordo com esse acordo, o Conselho de Administração da Sabesp terá nove membros, sendo três indicados pelo governo de São Paulo, três pelo investidor de referência e três independentes.

Além disso, o investidor de referência terá algumas restrições, como a proibição de vender suas ações até dezembro de 2029, data prevista para a conclusão dos investimentos para universalização do saneamento no estado. Também não poderá participar de projetos concorrentes com a Sabesp nos municípios paulistas, a menos que haja a autorização do Conselho de Administração.

A oferta pública das ações ainda não tem uma data definida, mas a condução será feita por bancos renomados, como BTG Pactual, Bank of America, Citi, UBS e Itaú BBA. Esse processo de privatização da Sabesp promete mexer com o mercado e trazer mudanças significativas na gestão do saneamento básico em São Paulo.

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