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Eleitores punem antigo movimento de libertação na África do Sul por problemas que desafiarão próximo governo

Após os eleitores sul-africanos castigarem o antigo movimento de libertação nas últimas eleições, a África do Sul se vê diante de um cenário desafiador, marcado por altos níveis de pobreza, falta de emprego, desigualdade social, criminalidade desenfreada, cortes de energia e corrupção. Esses problemas, que corroem o país, agora serão herdados pelo próximo governo.

O Congresso Nacional Africano (CNA) conquistou 159 das 400 cadeiras da nova Assembleia Nacional, enquanto a Aliança Democrática (DA), defensora do livre mercado, se estabeleceu com 87 assentos. O partido populista uMkhonto we Sizwe (MK) garantiu 58 cadeiras, o movimento marxista Economic Freedom Fighters (EFF) ficou com 39 lugares e o partido socialmente conservador Inkatha Freedom Party (IFP) obteve 17 assentos.

A expectativa é que o novo Parlamento se reúna até 16 de junho para a escolha do presidente do país. Atualmente, o favorito para ocupar o cargo é o presidente atual e líder do CNA, Cyril Ramaphosa, mesmo diante do fraco desempenho de seu partido nas eleições.

Um comitê de trabalho com 27 membros do CNA está previsto para se reunir na próxima terça-feira a fim de elaborar um conjunto de propostas a serem apresentadas ao Comitê Executivo Nacional do partido na quarta-feira.

O site de notícias sul-africano, Daily Maverick, divulgou detalhes de três documentos internos de discussão do CNA, os quais afirmou ter obtido. Esses documentos descrevem diferentes cenários para o futuro político do país.

De acordo com um desses documentos, a opção preferida seria um acordo de confiança e fornecimento, no qual o CNA manteria o poder executivo, com alguma participação do IFP, enquanto a DA teria influência no Parlamento, ocupando a presidência da Câmara e importantes posições em comitês.

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