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PSOL entra com ação no STF contra criação de escolas cívico-militares em São Paulo liderada por deputado estadual.

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) tomou uma atitude drástica ao entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a implementação de escolas cívico-militares em São Paulo. O pedido foi protocolado pelo deputado estadual Carlos Giannazi, que contesta veementemente a proposta do governador Tarcísio de Freitas.

A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou a criação das escolas cívico-militares há duas semanas, o que gerou revolta entre os parlamentares do PSOL e de outras siglas. O objetivo do projeto é estabelecer uma “gestão compartilhada” entre corporações militares e secretarias estaduais ou municipais de Educação. No entanto, o PSOL argumenta que a intenção real do governo é substituir o sistema público de educação, em detrimento dos profissionais da área.

Os salários oferecidos aos professores ligados à Polícia Militar também causaram polêmica, chegando a ser mais altos do que os pagos a educadores da rede pública. Enquanto alguns especialistas em educação, entidades estudantis e o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) criticam a presença de policiais militares nas escolas, a União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes) também se manifestou contra o projeto, alegando que ele busca impor um modelo disciplinar baseado no militarismo.

Diante desse cenário de divergências e protestos, a sociedade paulista se vê diante de um embate entre diferentes visões sobre o papel da educação e a valorização dos profissionais da área. As escolas cívico-militares se tornaram o centro de uma discussão acalorada, que envolve não apenas questões salariais, mas também a concepção pedagógica e ideológica por trás desse modelo de ensino. A decisão do STF em relação à Adin do PSOL poderá ter um impacto significativo no rumo da educação em São Paulo.

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