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Parques Alagáveis: Solução para Enchentes em Salvador e Lauro de Freitas Reduz Riscos de Inundações e Proporciona Lazer




Parques alagáveis na Grande Salvador

Parques alagáveis: Uma solução para as enchentes na Grande Salvador

O comerciário Edson Leal Guimarães, 51 anos, percorre as trilhas do Parque Rosa dos Ventos, situado no Jardim das Margaridas, em uma área que se estende entre Salvador e Lauro de Freitas com uma bola de futebol nas mãos. Enquanto pratica exercícios, verifica as condições do campo de futebol após as chuvas, garantindo que o “baba dos cinquentões”, um jogo de futebol com amigos da mesma faixa etária, possa ocorrer sem imprevistos.

Esse campo está localizado em uma das cinco áreas alagáveis criadas pelo Governo da Bahia entre 2020 e 2022 para servir como amortecedores de cheias do rio Ipitanga, um dos principais rios da região metropolitana de Salvador. Essa iniciativa faz parte do conceito de cidades-esponja, uma alternativa para amenizar os impactos das enchentes, especialmente em meio às mudanças climáticas que aumentam a frequência desses eventos.

Segundo o engenheiro Jorge Lima, responsável pelo projeto, o sistema de parques alagáveis interliga seis reservatórios na bacia do rio Ipitanga com capacidade para armazenar 1,2 bilhão de litros de água. Esses reservatórios controlam o fluxo da água, evitando inundações nas comunidades ribeirinhas. As áreas de lazer e os espaços verdes desses parques retêm as águas das chuvas, em oposição às soluções tradicionais que se baseiam em barragens e piscinões de concreto.

Apesar da implementação bem-sucedida dos parques alagáveis, a promotora Hortênsia Pinho enfatiza a importância de obras complementares para garantir a eficácia do projeto, especialmente em relação à vazão do rio em períodos de cheia. Além disso, o desafio da manutenção dos parques também é apontado como uma questão a ser solucionada pelos órgãos responsáveis.

Os parques alagáveis, como o Parque Sítio das Palmeiras e o Parque Rosa dos Ventos, são parte de uma estratégia para combater os alagamentos recorrentes em áreas de Salvador e Lauro de Freitas. A iniciativa mostra resultados positivos, mas ainda há desafios a serem superados para garantir a eficácia a longo prazo.

Com investimentos de R$ 211 milhões, o projeto dos parques alagáveis na Grande Salvador representa um avanço na busca por soluções sustentáveis para problemas de enchentes e alagamentos nas cidades, servindo como exemplo a ser seguido por outras regiões do país.


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