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Opep+ prorroga cortes na produção de petróleo até 2025 para manter preços estáveis e enfrentar incertezas econômicas e políticas.




Resumo de notícias – Cartel petrolífero Opep+ prorroga cortes na produção de petróleo

Cartel petrolífero Opep+ concorda em prorrogar os cortes na produção de petróleo

No último domingo (2), os 22 membros do cartel petrolífero Opep+ decidiram prorrogar os cortes na produção de petróleo até o final de 2025. Essa medida tem como objetivo manter os preços sustentados em um ambiente de incerteza econômica e política. A liderança da Opep, representada pela Arábia Saudita, e seus aliados, liderados pela Rússia, concordaram em estender o nível de produção até 31 de dezembro de 2025, de acordo com o comunicado emitido após uma reunião híbrida realizada em Riade.

Essa estratégia de redução da oferta foi adotada no final de 2022 pelos países produtores de petróleo, incluindo a histórica Opep e seus parceiros, com o objetivo de sustentar os preços do petróleo. A redução conjunta da produção acordada representa cerca de 2 milhões de barris por dia, podendo chegar a 6 milhões de barris por dia se forem considerados os cortes voluntários de alguns membros.

Durante esta reunião, houve discordâncias relacionadas à modificação das cotas de produção, levando a debates acalorados. Os Emirados Árabes Unidos foram autorizados a aumentar sua produção em aproximadamente 300.000 barris por dia. No entanto, o analista Mukesh Sahdev, da Rystad Energy, alertou que a Opep+ enfrenta um “desafio significativo”, já que a quantidade de barris disponíveis no mercado pode ser maior do que a registrada, comprometendo a estratégia do cartel.

‘UM DESAFIO SIGNIFICATIVO’

O desafio da Opep+ é a sua capacidade de manter os países membros aderindo às cotas de produção acordadas. No primeiro trimestre, países como o Iraque e o Cazaquistão ultrapassaram suas cotas, enquanto a Rússia registrou uma superprodução em abril devido às sanções impostas devido à guerra na Ucrânia. Os preços do petróleo têm oscilado em torno de US$ 80 (cerca de R$ 421) desde a última reunião.

A Opep manteve suas previsões para a demanda por petróleo em 2024, enquanto a Agência Internacional de Energia revisou suas projeções para baixo. Nas próximas reuniões, o cartel enfrentará o desafio de obter consenso em um grupo diversificado de países, que inclui desde a Arábia Saudita até a Venezuela, que enfrenta sanções dos Estados Unidos.

Em meio a esse contexto complexo, Angola deixou o cartel em dezembro, enquanto o Brasil entrou como observador na Opep+. A incerteza sobre a demanda por petróleo e a capacidade dos países de aderir aos cortes na produção serão elementos-chave a serem acompanhados nos próximos anos.


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