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Mães de resistência: do preconceito ao ativismo, histórias de apoio e luta pela comunidade LGBTQIAP+ em 25 palavras




Matéria Jornalística

Após um processo solitário, Thamirys decidiu compartilhar sua história em um livro e, posteriormente, fundou a ONG ‘Minha Criança Trans’. Atualmente, ela se une a outras 600 mulheres passando pelo processo de transição de gênero de seus filhos, aprendendo juntas os melhores modos de apoiá-los.

“A gente se acolhe, eu escuto, entendo, vou saber quem é a pessoa, a história. Temos grupos de apoio e priorizamos a criança trans, a vivência trans” – Thamirys Nunes.

Thamirys destaca a importância do conhecimento e informação sobre identidade de gênero e direitos das pessoas LGBTQIAP+, a fim de evitar situações violentas. Ela mesma passou por momentos de desconhecimento que resultaram em violência indesejada.

Thamirys hoje luta para que mães não se sintam sozinhas | Reprodução/Arquivo pessoal

A psicóloga Nárrina Ramos, do Grupo Reinserir, acredita que os pais de pessoas LGBTQIAP+ devem lutar por um mundo mais seguro, compreendendo que muito do que é considerado ‘natural’ é, na realidade, socialmente construído.

Do preconceito ao ativismo pelos filhos

A descoberta da homossexualidade da filha de 19 anos levou Gi Carvalho a uma jornada de autoconhecimento. Inicialmente, ela reagiu com preconceito, mas, após ser repreendida pela irmã, Gi encontrou uma nova perspectiva. Hoje, ela preside a ONG ‘Mães da Resistência’, oferecendo apoio a mães de pessoas LGBT.

Somente ao testemunhar de longe a perseguição que a filha sofreu, Gi percebeu a importância de ser uma ativista pela causa. Motivada, fundou sua própria ONG para melhor auxiliar mães de pessoas LGBT, demonstrando que a informação e o acolhimento são essenciais para a proteção e segurança dos filhos.

Acolhimento do Estado facilita acesso a direitos

O apoio de órgãos públicos foi crucial para Kely Cavallari aceitar com mais leveza a transição de gênero de seu filho Noah. Por meio do AMTIGOS, ela e sua família receberam todo o suporte necessário durante o processo de transição de gênero do filho, incluindo auxílio médico e psicológico.

“A conversa com psicólogos nos trouxe para um lugar de entendermos que era preciso apoiar o nosso menino, deixar ele ser quem é. Não precisamos aceitar nada e sim respeitar” – Kely Cavallari

Apesar das dificuldades encontradas em alguns locais, como um posto de saúde, Kely destaca o apoio recebido no AMTIGOS e na escola do filho, demonstrando a importância do acolhimento e respeito a pessoas LGBT em diversos setores da sociedade.

O trabalho nas ONGs lideradas por Thamirys, Gi e Kely reflete a importância do acolhimento, informação e luta pelos direitos das pessoas LGBTQIAP+, contribuindo para um mundo mais inclusivo e seguro para todos.


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