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Israel aceita acordo de cessar-fogo proposto por Biden para interromper guerra na Faixa de Gaza, confirma assessor de Netanyahu.




Israel aceita acordo proposto por Biden para interromper guerra em Gaza

Israel aceita acordo proposto por Biden para interromper guerra em Gaza

No último domingo (2), um assessor do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu confirmou que Israel aceitou os termos gerais de um acordo proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para interromper a guerra na Faixa de Gaza. Em entrevista ao jornal britânico The Sunday Times, o assessor de Relações Exteriores de Netanyahu, Ophir Falk, afirmou que apesar de não considerar o acordo ideal, a decisão foi tomada visando libertar todos os reféns mantidos pelo Hamas. Ele reforçou que as exigências israelenses de libertação dos reféns e a destruição do Hamas como organização terrorista genocida permanecem inalteradas.

A proposta de Biden consiste em três fases para encerrar o conflito na região, sendo a primeira a implementação de um cessar-fogo de seis semanas, a retirada das tropas israelenses de áreas habitadas da Faixa de Gaza, a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos e a entrada diária de ajuda humanitária em Gaza. A segunda fase prevê negociações entre Hamas e Israel para um fim permanente da guerra, com o cessar-fogo vigente durante as negociações. Por fim, a terceira fase envolve um plano de reconstrução do território palestino.

O acordo proposto por Biden desafia a posição de Netanyahu e do gabinete de guerra israelense, que defendiam a necessidade da destruição completa do Hamas para o fim da guerra. Ainda assim, a proposta foi aceita por Israel, que reforçou a continuidade da luta até a concretização de todos os objetivos, incluindo a erradicação das capacidades governamentais e militares do grupo palestino.

O Hamas, por sua vez, recebeu positivamente o plano de reconstrução do território palestino e se mostrou disposto a negociar. Após meses de tentativas fracassadas de cessar-fogo, a proposta de Biden representa uma possível solução para o conflito em Gaza.

Conflito político e pressões externas

O governo Netanyahu, que se mantém no poder graças a uma coalizão de partidos de extrema-direita, enfrenta pressões internas e externas. Partidos extremistas ameaçam abandonar o governo caso um acordo que “poupe o Hamas” seja aceito. Além disso, o Qatar condenou a decisão do parlamento israelense de classificar a UNRWA como organização terrorista, acusando-a de ter ligação com o Hamas e os ataques de outubro.

A Incerteza sobre o futuro

Ainda há incertezas sobre a eficácia do acordo proposto por Biden, que vislumbra um “dia seguinte” para Gaza sem o Hamas no poder. Apesar dos esforços para o fim do conflito, o Hamas segue atuante e coeso, dificultando a transição para um governo pós-conflito na região.


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