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Escândalo enfraquece possível vice de Nunes, mas Leite ainda mantém chances na corrida política.




Denúncia pode afetar futuro político de Leite

Para cientistas políticos, a denúncia enfraquece Leite — mas não o anula. De acordo com três especialistas entrevistados pela reportagem, a revelação cria um obstáculo extra para que o vereador seja vice de Nunes em comparação com outros nomes. Mas todos concordam que é cedo para dizer que Leite está fora do jogo.

Sem Leite, outros padrinhos ganham força para indicar vice de Nunes. Para Marco Antônio Teixeira, da FGV, o governador Tarcísio (Republicanos), Gilberto Kassab (PSD) e até Bolsonaro (PL) ganham mais fôlego para indicar um vice para a campanha de reeleição do prefeito. Já Tathiana Chicarino, da FESP, crê que a força de Leite nas urnas pode atrair novos aliados.

Revelação pode afetar planos de Leite para o futuro. Doutor em ciência política e professor da USP, José Veríssimo Romão Netto afirma que a denúncia pode abalar outros projetos que vêm sendo cogitados no meio político. Um deles seria concorrer ao Senado em 2026. Para isso, Leite teria de tirar dos bolsonaristas a vaga ocupada em 2018 por Major Olímpio, morto durante a pandemia. Na visão do pesquisador, a costura política para isso se torna mais delicada com Leite no centro de uma investigação.

“O Milton tem um apoio grande na base aliada”, diz membro da oposição. Segundo Celso Giannazi (Psol), a situação justifica as manifestações de solidariedade recebidas por Leite. Mesmo na oposição, medidas como a abertura de CPI — cogitadas em ocasiões anteriores parecidas — não estão em discussão no momento.

Leite nega acusações

Justiça quebrou sigilos fiscal e bancário de Leite em 2023. Segundo reportagem da Folha do último sábado (25), promotores do Grupo de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo afirmaram que o vereador teve envolvimento com crimes cometidos pela Transwolff, empresa ligada ao PCC.


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