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Violência interrompe eleições em dois municípios do México às vésperas do pleito, autoridades suspendem instalação das urnas




Eleições gerais são suspensas em dois municípios do sul do México

Eleições gerais suspensas em dois municípios do sul do México

No sábado (1º), autoridades eleitorais anunciaram a suspensão das eleições gerais em dois municípios do sul do México, Pantelhó e Chicomuselo, localizados em Chiapas, devido a incidentes violentos que impossibilitaram a instalação das urnas. O Instituto de Eleições de Chiapas declarou que a decisão foi tomada devido à situação de violência e ingovernabilidade nessas localidades.

A violência relacionada às eleições no México tem sido uma preocupação crescente durante a campanha, que teve momentos marcados por ataques a candidatos. A onda de violência levou ao encerramento de comícios de campanha na quarta-feira, e aproximadamente 100 milhões de mexicanos estão habilitados para votar nas eleições de domingo.

Os incidentes que levaram à suspensão das eleições incluem atos de violência, ameaças e até mesmo assassinatos de candidatos. Em Chicomuselo, por exemplo, material eleitoral foi queimado por desconhecidos, e funcionários eleitorais denunciaram receberam ameaças, em um município disputado por cartéis do narcotráfico.

Em Pantelhó, a presença de criminosos armados impossibilitou a convocação e capacitação dos cidadãos para receber os votos. A violência nessas áreas de Chiapas tem sido intensificada devido a disputas entre cartéis criminosos.

A violência política também fez vítimas em outras regiões do México, como o recente assassinato do candidato a vereador Jorge Huerta Cabrera, em Puebla, menos de 48 horas antes das eleições gerais. Cabrera foi morto a tiros no meio da rua, enquanto sua esposa e um colaborador ficaram feridos no ataque.

A candidata presidencial Claudia Sheinbaum, apoiada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador, também foi alvo da violência quando foi brevemente retida por homens encapuzados em uma estrada de Chiapas em abril.

Desde o início da ofensiva militar antidrogas em 2006, o México tem enfrentado altos índices de violência, com mais de 450 mil assassinatos e cerca de 100 mil desaparecidos registrados oficialmente.


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