Motoristas de ônibus urbanos de São Paulo aprovam paralisação a partir de sexta-feira; greve pode afetar todas as linhas da cidade.

A decisão foi tomada pelo Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SMTTRU-SP), que reivindica um reajuste salarial de 3,69% referente à inflação, além de um aumento real de 5%, e a reposição das perdas salariais ocasionadas pela pandemia, estimadas em 2,46% pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
As negociações entre o sindicato dos trabalhadores e as empresas de transporte estão em aberto até a quinta-feira (6), com a possibilidade de uma nova proposta salarial ser apresentada pelas empresas até esta data.
Procuradas pela reportagem, tanto o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) quanto a prefeitura de São Paulo preferiram não se manifestar sobre o movimento de paralisação aprovado pelos trabalhadores. A expectativa é que haja um posicionamento oficial nos próximos dias, diante da gravidade da situação que pode afetar milhares de usuários do transporte público na capital.
A greve dos motoristas e cobradores de ônibus é mais um reflexo das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores durante a pandemia e da necessidade de garantir condições dignas e justas de trabalho em um dos setores essenciais para a mobilidade urbana. A população de São Paulo aguarda atentamente os desdobramentos dessa paralisação e os possíveis impactos que ela pode trazer para o dia a dia da cidade.