Rio Guaíba em Porto Alegre fica abaixo da cota de inundação após um mês de cheias históricas e prejuízos milionários

Esse registro foi realizado através de um sistema de monitoramento em tempo real, utilizando lasers na régua instalada na Usina do Gasômetro, na capital gaúcha. Os dados são compilados e divulgados pela Agência Nacional de Águas (ANA), através do trabalho de campo da Rede Hidrometeorológica Nacional e do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
A última vez que o Rio Guaíba esteve abaixo da cota de inundação foi em 2 de maio, quando atingiu 3,67 metros. Com a diminuição do nível, muitas pessoas puderam retornar às suas residências e estabelecimentos comerciais em bairros como Humaitá e Vila Farrapos, que estavam inundados há mais de 25 dias.
Na última terça-feira (28), o governo do Rio Grande do Sul realizou uma alteração na cota de inundação, elevando-a de 3 metros para 3,6 metros. Essa mudança foi feita para refletir as medições feitas em uma nova régua instalada mais ao sul do Cais Mauá, acompanhando as mudanças do nível do rio.
O transbordamento do Rio Guaíba causou danos significativos à população, com mortes, destruição de bens e comprometimento da infraestrutura do estado. Mais de 77 mil resgates já foram realizados e todo o estado do Rio Grande do Sul foi impactado pelas fortes chuvas que começaram em abril e resultaram em inundações e deslizamentos ao longo de diversos rios.
Até o momento, foram registradas 169 mortes e 44 pessoas seguem desaparecidas, com mais de 2,3 milhões de afetados e 39 mil em abrigos temporários. A situação ainda requer atenção e cuidado por parte das autoridades e da população local, que têm trabalhado em conjunto para minimizar os impactos dessa tragédia natural.