
Partidos populistas e extremistas ganham espaço no Parlamento Europeu
De acordo com pesquisas, partidos que não fazem parte de blocos formais no Parlamento Europeu estão ganhando força, como é o caso do Fidesz, liderado por Viktor Orban, que deve conquistar mais 10 lugares. Movimentos políticos da Polônia, Bulgária e de outros países também estão bem posicionados para avançar nas eleições, segundo as pesquisas.
A pesquisa realizada pela Euronews Poll Center apontou que o partido de centro-esquerda do chanceler Olaf Scholz está apenas na terceira posição na Alemanha, sendo superado pelos candidatos da extrema direita da Alternativa para Alemanha.
Se todos esses partidos e movimentos ultranacionalistas, populistas e extremistas se unirem em um único bloco, a previsão é de que possam conquistar até 184 lugares, algo inédito na história da Europa.
Apesar do avanço desses partidos, as projeções indicam que a direita tradicional, representada por partidos historicamente democráticos como o CDU na Alemanha, continuará sendo a maioria e poderá escolher a presidência da Comissão Europeia. A alemã Ursula van der Leyen é candidata a mais um mandato, porém enfrentará o desafio de governar consultando e incluindo em seu gabinete membros da extrema direita.
Caso as projeções se confirmem, a Europa terá seus primeiros comissários da ultra direita, o que terá um impacto significativo em diversos temas, como comércio, meio ambiente, relações com a China, a guerra na Ucrânia, o conflito em Gaza, debates sobre imigração, terrorismo e a direção econômica do bloco.