
Transwolff e a ligação com empresa de segurança e polícia – Investigação do MP-SP
Em novembro de 2020, a Transwolff emitiu para uma empresa de segurança sediada em Santana, zona norte da capital, e ligada a um então capitão da Rota, uma nota fiscal no valor de R$ 20.006,70 pelos serviços prestados à diretoria da companhia de ônibus.
O MP-SP apurou que um sargento da Rota chegou a receber R$ 4.000,00; outro sargento da tropa de elite da corporação ganhou R$ 2.000,00 e um cabo ficou com R$ 6.000,00. A Transwolff também pagou R$ 3.725,00 para um policial militar e mais R$ 275,00 para outro PM.
Em 18 de setembro de 2020, quatro dias depois da deflagração da Operação Sharks, desencadeada pelo MP-SP contra 20 integrantes do PCC acusados por lavagem de dinheiro, um dos sargentos da Rota foi alertado por superiores que era perigoso trabalhar para a Transwolff.
A advertência foi feita porque um dos acusados na Operação Sharks era Gilberto Flares Lopes Pontes, o Tobé, justamente irmão de Robson Flares Lopes Pontes, um dos diretores da Transwolff, que saiu da empresa há um ano e quatro meses.
Tobé e os outros 19 comparsas denunciados na Operação Sharks foram acusados pelo MP-SP de movimentar R$ 1 bilhão do PCC, provenientes do tráfico de drogas, no período de janeiro de 2018 a julho de 2019. Tobé foi morto pelo tribunal do crime da facção em agosto de 2021.
Velhos conhecidos da tropa
Os dois irmãos, no entanto, eram conhecidos da Rota desde a década passada. Em outubro de 2013, ambos foram presos por PMs da viatura 91433 em um apartamento em Osasco, na Grande São Paulo, após uma denúncia anônima.