Autoridades de Brasil, Colômbia e México pedem divulgação dos resultados das eleições na Venezuela em comunicado conjunto

Além disso, os governos dos três países pediram que as autoridades venezuelanas lidem com cautela e moderação em relação às manifestações que têm ocorrido desde o término da eleição. Eles reiteraram a importância de permitir uma verificação imparcial dos resultados, respeitando o princípio da soberania popular, e fizeram um apelo para que os atores políticos e sociais do país ajam com moderação nas manifestações públicas.
Segundo a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, os governos continuarão a manter conversas para buscar soluções para a situação atual na Venezuela. Eles manifestaram disposição em apoiar os esforços de diálogo e entendimento que contribuam para a estabilidade política e democrática do país.
Enquanto isso, a oposição venezuelana criou uma página na internet com supostas atas eleitorais, alegando que representam mais de 80% do total das mesas. Após o encerramento da votação, a urna imprime a ata eleitoral que é distribuída aos fiscais de partidos presentes no local, sendo utilizada para conferir a totalização dos votos feita pelo CNE.
O CNE entregou as supostas atas originais ao Tribunal Superior de Justiça (TSJ) para uma investigação sobre o processo eleitoral do dia 28 de julho. Apesar disso, o principal candidato da oposição, Edmundo González, não compareceu ao TSJ alegando que a perícia do Tribunal ultrapassa as competências do CNE. Os representantes dos partidos que apoiaram González compareceram, mas não entregaram as atas, argumentando que elas já estavam disponíveis no site.
O presidente Nicolás Maduro se comprometeu a entregar todas as atas em posse de seu partido nesta sexta-feira. A situação na Venezuela permanece em impasse, com os desdobramentos da eleição sendo acompanhados de perto por outros países da região.