
Proposta de cessar-fogo entre Hamas e Israel gera expectativas
Em uma tentativa de acabar com o conflito que assola a região de Gaza há oito meses, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, propôs um plano em três fases que visa estabelecer um cessar-fogo entre o grupo Hamas e Israel. Segundo a proposta, a primeira fase consistiria em um acordo de trégua imediata, seguido por negociações para um fim permanente das hostilidades e, por fim, um grande plano de reconstrução da Faixa de Gaza.
Biden afirmou categoricamente que “é hora de esta guerra acabar, e começar o pós”. Pressionado em ano eleitoral, o presidente dos EUA busca uma solução pacífica para a crise, destacando a importância de um cessar-fogo duradouro e a reconstrução da região afetada.
O Hamas reagiu positivamente à proposta de Biden, expressando disponibilidade para participar ativamente das negociações, desde que os termos incluam a retirada das forças israelenses, a reconstrução de Gaza e o retorno dos desalojados. O grupo também destacou a importância de um acordo “genuíno” de troca de prisioneiros.
Por sua vez, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, autorizou sua equipe de negociação a apresentar o acordo proposto, mas ressaltou que a guerra só terminará quando todos os objetivos de Israel forem alcançados, incluindo o retorno dos reféns e a destruição das capacidades militares do Hamas.
Enquanto as negociações avançam, as forças israelenses encerraram operações na região de Jabalia, no norte de Gaza, e continuam atuando em Rafah, no sul, com o objetivo de atingir o que consideram ser o último reduto significativo do Hamas.
As conversas mediadas por Egito, Catar e outros países para um cessar-fogo entre Israel e o grupo islâmico têm enfrentado obstáculos, com ambos os lados se acusando mutuamente pela falta de avanço nas negociações.