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Fundação do Câncer lança #movimentovapeOFF no Dia Mundial sem Tabaco para alertar contra uso de cigarros eletrônicos.

Na última sexta-feira (31), foi comemorado o Dia Mundial sem Tabaco, e a Fundação do Câncer aproveitou a data para lançar o movimento #movimentovapeOFF. O objetivo é alertar sobre o aumento do uso de dispositivos eletrônicos para fumar, conhecidos como cigarros eletrônicos ou vapes. Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), o consumo de vapes aumentou 600% nas Américas nos últimos seis anos.

Essa ação da Fundação do Câncer faz parte da campanha da Organização Mundial da Saúde (OMS) intitulada Proteger as crianças da interferência da indústria do tabaco, que busca evitar a formação de novos fumantes. A intenção é que os governos ajam de acordo com as determinações estabelecidas na Convenção Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) e com as diretrizes adicionais do Artigo 13, adotadas na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2004 (COP 10). Essas diretrizes visam proibir a propaganda, promoção e patrocínio do tabaco.

Luiz Augusto Maltoni, diretor executivo da Fundação do Câncer, destaca que as empresas de tabaco investem mais de US$ 8 bilhões anualmente em marketing e publicidade, focando principalmente na população jovem para estimular o consumo do cigarro eletrônico. Apesar da proibição da Anvisa em relação ao uso do cigarro eletrônico no Brasil, Maltoni ressalta a pressão das indústrias tabagistas para formar novos fumantes, o que representa um grande risco para a população mais vulnerável.

O #movimentovapeOFF busca conscientizar os jovens sobre os malefícios dos dispositivos eletrônicos para fumar, desmistificando a ideia de que o cigarro eletrônico auxilia no abandono do vício do tabaco. Maltoni alerta que o cigarro eletrônico pode servir como porta de entrada para o cigarro convencional, aumentando as chances de dependência. Além disso, o uso desses dispositivos pode gerar graves consequências para a saúde, como pneumonias graves e queimaduras.

Apesar da proibição do cigarro eletrônico no Brasil, uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que cerca de 1 milhão de brasileiros já experimentaram esse dispositivo, sendo que 70% deles são jovens entre 15 e 24 anos. A Fundação do Câncer está estabelecendo parcerias para lançar um desafio universitário com o objetivo de sensibilizar os jovens sobre os riscos do cigarro eletrônico e desencorajar o início do vício.

A OMS estima que 1,3 bilhão de pessoas em todo o mundo são fumantes, e o tabaco é responsável pela morte de aproximadamente 8 milhões de pessoas anualmente. A expectativa de vida de fumantes é pelo menos 10 anos mais curta do que a de não fumantes. A luta contra o tabagismo continua sendo um desafio global, especialmente no que se refere ao uso crescente de cigarros eletrônicos e vapes.

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