Derrotas do governo Lula no Congresso: Um alerta para a base aliada
No meio de uma série de derrotas no Congresso, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, fez um apelo aos ministros de outros partidos, cobrando mais responsabilidade e engajamento com o governo para evitar novos revés.
Segundo Gleisi, é fundamental que os partidos aliados atuem em conjunto em momentos críticos como esse. “Os partidos que fazem parte da base governista precisam agir com mais responsabilidade em pautas importantes, como fake news, saidinha de presos e controle de armas”, ressaltou a líder petista.
Entretanto, em resposta à Folha, ministros de partidos como União Brasil, PSD, MDB, PP e Republicanos afirmaram que não foram acionados pelo Palácio do Planalto para auxiliar na articulação política durante as votações no Congresso.
Durante a semana, o governo Lula sofreu diversas derrotas nas votações do Congresso, com destaque para a derrubada do veto presidencial que mantinha as saidinhas de presos, além da manutenção do veto à criminalização das fake news e do projeto de decreto legislativo sobre o controle de armas.
Parlamentares de esquerda avaliaram que a atual equipe de articulação política do governo não tem conseguido controlar as bancadas de partidos aliados, resultando em derrotas expressivas em votações cruciais para o Executivo.
Apesar das dificuldades enfrentadas, o governo conseguiu garantir votos importantes em pautas econômicas, cedendo em alguns pontos de suas propostas originais para garantir a aprovação no Congresso.
Diante desse cenário, o presidente Lula decidiu intensificar as reuniões semanais com seus articuladores, buscando melhorar a interlocução com o Legislativo sem promover mudanças na equipe de governo neste momento.
Porém, a falta de ampla representatividade de outros partidos na articulação política de Lula, composta principalmente por membros do PT, pode ser um dos fatores que contribuíram para as recentes derrotas do governo no Congresso.
É evidente que o governo precisa reavaliar sua estratégia de diálogo e articulação com os partidos aliados para evitar novos revezes e garantir a governabilidade nos próximos meses.
