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ANC enfrenta perda de apoio e incerteza sobre reeleição de Ramaphosa após eleições na África do Sul.

O partido que forçou Zuma a renunciar em 2018, o ANC, enfrenta agora uma dura perda de apoio, o que pode comprometer a reeleição do atual presidente, Ramaphosa. Mesmo mantendo-se como a maior legenda do país, o ANC precisará negociar uma coalizão de governo com outras forças políticas, de acordo com a Constituição sul-africana.

A incerteza paira sobre a permanência de Ramaphosa no cargo e sua autoridade dentro do ANC. Analistas indicam que seu futuro político está ameaçado após a recente perda de apoio.

Durante a apuração dos resultados eleitorais, o vice-secretário-geral do ANC, Nomvula Mokonyane, afirmou que o partido já está em negociações com outras legendas, buscando estabelecer uma coalizão governamental com base em princípios sólidos, e não em desespero. O ANC tem sido o principal partido político da África do Sul desde o fim do regime do Apartheid, em 1994.

No entanto, possíveis alianças com outras legendas como o DA, que defende políticas pró-mercado e privatizações, podem ser contestadas por setores internos do ANC, devido ao conflito de ideologias. Uma coalizão com o EFF ou o MK de Zuma também é cogitada, mas enfrenta resistência das alas mais moderadas do partido governista, devido ao histórico de confronto entre Ramaphosa e Zuma desde a renúncia do último em 2018.

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