Alckmin prevê que presidente Lula não vetará taxa sobre compras internacionais
O vice-presidente Geraldo Alckmin afirmou em entrevista nesta sexta-feira (31) que o presidente Lula (PT) não deve vetar a proposta de taxa para compras em sites estrangeiros de até US$ 50. A alíquota proposta é de 20%. A medida está inserida no projeto de lei que institui o programa automotivo Mover (Mobilidade Verde e Inovação) e será votada no Senado na próxima terça-feira (4).
Além disso, Alckmin revelou que o governo está em negociações com o setor de eletrodomésticos para reduzir impostos em troca de descontos em produtos da linha branca destinados ao Rio Grande do Sul. Essas declarações foram feitas durante entrevista à BandNews TV.
O vice-presidente criticou os “jabutis” presentes no programa Mover, destacando a taxação proposta para produtos importados de até US$ 50, anteriormente isentos de tributação. Ele afirmou que a proposta foi aprovada quase por unanimidade e elogiou o acordo estabelecido.
Por outro lado, Alckmin defendeu a retirada de uma emenda controversa do projeto do Mover no Senado, a qual exige conteúdo local na exploração de petróleo, tópico que tem gerado conflitos entre setores econômicos. O vice-presidente evitou opinar diretamente sobre a emenda, mas destacou a importância de seu debate separadamente.
Redução de impostos na linha branca para descontos no Rio Grande do Sul
Outro ponto abordado por Alckmin foi a possibilidade de redução de impostos sobre produtos da linha branca em troca de descontos para famílias no Rio Grande do Sul. Ele mencionou uma contrapartida tributária que está sendo estudada em conjunto com a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros).
O objetivo é proporcionar benefícios tanto para o setor quanto para os consumidores, seguindo a proposta de desconto de 15% divulgada pela secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior. Inicialmente, o governo cogitou a compra e doação de itens de linha branca para a população, mas optou por buscar alternativas junto ao setor para viabilizar a redução dos preços.
O presidente Lula também anunciou essa possibilidade durante um encontro voltado para novas medidas em prol da população afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
