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Origem e trajetória da barata-germânica: estudo revela evolução e disseminação da espécie ao longo dos séculos




Descoberta histórica sobre as baratas

No estudo, examinou-se o material genético de 281 baratas originárias de 17 países em cinco continentes. A conclusão foi que a barata-alemã se desenvolveu cerca de 2.100 anos atrás, a partir da barata-asiática (Blattella asahinai), que se adaptou aos assentamentos humanos da Índia ou de Mianmar. Até hoje, ambas as espécies se assemelham muito.

Nos séculos seguintes, a variante “germânica” se propagou em direção ao Ocidente a partir de duas rotas distintas: 1.200 anos atrás, aproveitou a expansão econômica e militar do islã; e há cerca de 400 anos, seguiu os rastros do colonialismo europeu, especialmente britânico e holandês.

Até o início do século 18, o habitat principal da barata-germânica ainda se restringia à Ásia. Isso só mudou na segunda metade, ou seja, na época em que von Linné descreveu o inseto.

A campanha triunfal da Blattella germanica se acelerou com o advento do comércio mundial de longa distância, com suas vias de transporte cada vez mais eficientes e, portanto, mais rápidas, registra a equipe de Qian Tang na revista científica PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

Lá pelo fim do século 19 e início do 20, ela havia conquistado o resto do mundo: apesar de sensível ao frio, as casas com calefação e tubulações lhe garantiam condições de vida ideais.

“A ascensão da civilização humana desencadeou a evolução e disseminação de espécies adaptadas aos ambientes urbanos”, confirma o estudo de Singapura. A única coisa que os animais de sangue frio não suportam é secura: nas residências modernas, sem cantos úmidos, elas logo morrem de sede.


Como nos revela uma recente investigação científica, um estudo minucioso do material genético de 281 baratas provenientes de 17 países em cinco continentes trouxe à tona uma descoberta surpreendente. Segundo a pesquisa, a barata-alemã, conhecida cientificamente como Blattella germanica, teve sua origem aproximadamente 2.100 anos atrás, a partir de uma espécie de barata asiática chamada Blattella asahinai, que se adaptou aos assentamentos humanos na Índia ou em Mianmar. Apesar do tempo decorrido, ambas as espécies continuam apresentando semelhanças marcantes em sua estrutura genética.

Ao longo dos séculos, a variante “germânica” das baratas se espalhou em direção ao Ocidente por duas vias distintas: primeiramente, aproveitando a expansão econômica e militar do islã há 1.200 anos, e posteriormente, seguindo os passos do colonialismo europeu, em especial o britânico e holandês, cerca de 400 anos atrás. Até o século 18, as baratas-alemãs ainda tinham seu habitat principal restrito à Ásia, mas isso mudou na segunda metade desse século, conforme documentado por von Linné em suas descrições.

A ascensão da Blattella germanica foi impulsionada com o surgimento do comércio mundial de longa distância, que proporcionou vias de transporte cada vez mais eficientes e rápidas, conforme aponta a equipe liderada por Qian Tang na prestigiada revista científica PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos EUA. Já no final do século 19 e início do século 20, essas baratas haviam conquistado praticamente todo o mundo, adaptando-se bem a ambientes com calefação e tubulações que lhes garantiam condições ideais de vida.

Em conclusão, a evolução e disseminação das espécies de baratas adaptadas aos ambientes urbanos foram fortemente influenciadas pela ascensão da civilização humana ao longo da história. No entanto, apesar de sua capacidade de adaptação, esses insetos de sangue frio não suportam a secura, sendo a ausência de cantos úmidos em residências modernas fatal para sua sobrevivência.

Com base nesses estudos, podemos compreender melhor a fascinante trajetória evolutiva das baratas, mostrando como a interação com as atividades humanas moldou o desenvolvimento e a dispersão desses insetos ao redor do globo.


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